Iniciativas para aprimorar os resultados acadêmicos, compartilhamento de conteúdo via internet e formação de leitores desde a primeira infância são projetos que evidenciam nossa missão institucional: oferecer uma formação integral a alunos que contribuam para um mundo melhor. Confira essas e outras notícias que foram destaque em fevereiro.

A partir de 2013, alunos dos diferentes Níveis das três Unidades do Porto aprenderão de forma ainda mais interativa, com discussões sobre os assuntos estudados ultrapassando os limites das salas de aula. Os professores do Colégio passaram por uma formação técnica e pedagógica para utilizar o ambiente virtual de aprendizagem Moodle, adotado por escolas de educação básica como apoio à sala de aula e por universidades do Brasil e do mundo. Maria Cristina Giglio, coordenadora do 4º ano da Unidade Morumbi, reflete sobre a experiência iniciada como um projeto-piloto no ano passado: “Primeiro apresentamos o ambiente e seu objetivo. Já utilizávamos o blog para sugerir materiais complementares, mas o Moodle favorece o acompanhamento dos acessos e a interação entre alunos e professores”.

Após o primeiro contato, os estudantes utilizam vídeos, jogos e outros conteúdos digitais por meio da plataforma. “Se a professora indica, é porque são os que têm as melhores informações”, diz Lucas Avello, do 5º ano da tarde. “Releio os registros do meu caderno e acesso o ambiente para ver se tem algo novo”, afirma Ayumi Nunes, também no período vespertino do último ano do Nível I. João Victor Donghia, do 5º ano da manhã, navega semanalmente com o apoio da família: “Estudar ficou mais divertido”, comenta, referindo-se aos exercícios interativos. Seu colega Gabriel Zaninetti assiste aos vídeos para relembrar informações ensinadas em sala de aula: “Mas, primeiro, resolvo a atividade sem consultar”, ressalta.

A equipe pedagógica do Portinho Morumbi também inicia o ano motivada a colocar novas competências em prática. Uma das novidades trazidas nas reuniões de planejamento e grupos de estudo foi a capacitação para a contação de histórias, inserida no projeto de reflexão sobre práticas de leitura “A formação de bons leitores na primeira infância”. De acordo com a Coordenadora Pedagógica e Educacional, Tatiana Biazzoto Campos, o projeto visa a incentivar ainda mais “a constituição de leitores competentes e a compreensão da função social da língua, por meio de uma leitura carregada de paixão e encantamento”. Durante os sábados de leitura, inúmeras foram as ideias e as reflexões. A conclusão sobre a melhor postura para tornar a leitura um hábito e um prazer? “É preciso envolver o leitor, criar uma atmosfera de expectativa antes da leitura e promover, depois, conversas sobre a história”, concluíram as vinte educadoras envolvidas.

O primeiro mês de aulas foi pontuado por palestras dos diretores de Ensino Médio do Porto, que orientaram os vestibulandos para um máximo de aproveitamento dos 200 dias letivos que os separam da futura carreira. Em Valinhos, os alunos da 3ª série foram apresentados, no dia 14, aos diferentes processos seletivos para o ingresso no Ensino Superior e, na mesma data, conheceram a grade curricular opcional, com aulas extras para reforçar o conteúdo das provas específicas dos exames. “A apresentação casada, logo no início do ano, favorece uma escolha consciente dos alunos”, explica o diretor do Ensino Médio, Carlson de Toledo.

Se o objetivo do aluno for estudar na Faculdade de Administração, Economia e Contabilidade da USP (FEA), por exemplo, já sabe que a Matemática terá um grande peso na composição da nota. Assim, é recomendável que ele busque aulas extras e monitoria nessa disciplina. Gabriela Fiorini já sabia, antes do Ensino Médio, que seria médica e analisou diversas faculdades pela classificação do MEC e pela localidade. Aproveitou a palestra para esclarecer dúvidas que ainda tinha sobre os vestibulares. Ela destaca que as aulas extras são uma boa opção para auxiliar nos estudos, mas também “para quem está inseguro com suas escolhas”. Os estudantes já começam a treinar, na prática, para os diferentes tipos de teste. Este ano, todas as avaliações que irão compor a nota dos alunos da 3ª série simulam algum vestibular.

O período das férias escolares é sempre uma época de planejamento para a equipe pedagógica. A partir dos objetivos educacionais da Escola, cada professor programa as atividades para o próximo ano letivo. Paulo Roberto Jorge Filho, professor de Ciências do Nível II na Unidade Valinhos, multiplicou o tempo de suas aulas e criou estratégias para incentivar o estudo autônomo: “O 9º ano prevê mais aulas em laboratório. Com o objetivo de acompanhar de perto os experimentos dos alunos, divido cada turma em duas”. Enquanto metade dos estudantes prepara-se para realizar os experimentos, os demais são orientados para a resolução de questões do ENEM e dos principais vestibulares do país. Natham Coracini aprova: “Fazemos exercícios difíceis nas aulas, para facilmente resolver os da prova”.

A resolução de exercícios é igualmente potencializada com as informações objetivas expostas no formato audiovisual, possibilitando comentários em fóruns. “As discussões on-line, também usadas para antecipar reflexões sobre conteúdos que serão vistos na aula seguinte, favorecem a participação dos alunos, principalmente dos menos extrovertidos em sala de aula. As dúvidas específicas recebem atendimento individualizado”, ensina o professor. Maíra Matos ressalta a facilidade no resgate do conteúdo: “Os vídeos ficam na internet e podemos conferir de novo a correção”, diz.

O primeiro fim de semana de março é o último para visitar a exposição Diversos – Inversos, no Instituto Martius-Staden (Rua Itapaiúna, 1.355), com obras de professoras de Artes da Unidade Panamby. Para os alunos, a mostra trouxe um panorama de diferentes estilos e propostas, apresentado pelas mãos das próprias professoras. “O exemplo fala mais alto do que qualquer outra coisa”, diz a coordenadora de Artes do Nível I, Raquel Martins, sobre a proposta.

O investimento em um trabalho autoral pela equipe docente não é mera coincidência: “Quando selecionamos novos professores, percebemos que o profissional que tem uma produção pessoal mantém-se atualizado”, explica Raquel. Referências certamente não faltaram para a pequena Julia Canton, do 4º ano: “Gosto de arte abstrata, pois nunca é igual”, reflete. A coletânea traz obras de professoras dos três Níveis de ensino.

Conteúdos de História também adquirem novo significado por meio de visitas exploratórias em nossos próprios espaços, sem trânsito ou filas. Entre o final de fevereiro e o início de março, alunos do 6º ano experimentaram manusear, observar e investigar itens dos acervos do Centro de Memória e do Instituto Martius-Staden, tendo oportunidade de conhecer de perto variados documentos preservados em arquivos e museus. A partir deles, extraíram informações e identificaram temas de pesquisa, conscientizando-se sobre a importância da preservação do patrimônio histórico.

Turma após turma, comentários espantados sobre as notas baixas em um antigo boletim repetiam-se. A explicação vem na sequência: o sistema de notas utilizado na época é o alemão, em que 1 é a pontuação mais alta. Ao observar as disciplinas da época, Giulia Moraes concluiu animada: “Agora entendi por que meus avós falavam latim e francês”. O resgate da história familiar também é motivado pelas imagens: “Vimos fotos da época de nossos avós”, diz Camila Ekizian.